Não consigo falar, prefiro desenhar!

Não consigo falar, prefiro desenhar!

 

Foi o que eu ouvi de algumas pessoas que buscavam atendimento psicoterapêutico na clínica. Por saberem que eu utilizo os materiais artísticos em sessão, elas afirmavam que se identificam com a arte para “falar” de si.

Sempre entendi que a linguagem artística - seja ela qual for - pode ser uma ferramenta poderosa para dar voz aos nossos sentimentos. Mas isso não significa que todas as sessões são assim: paciente, terapeuta e muitos materiais de arte para dar vazão aos nossos conflitos internos.

Na verdade, a linguagem não verbal (visual) pode facilitar a expressão de ideias e sentimentos, com as pessoas que apresentam repertório verbal restrito e aceitam essa abordagem. Sessões com recursos da arte e sessões “verbais”, podem, tranquilamente “conviver” juntas. Seja na terapia com crianças, adolescentes ou adultos. Psicoterapia e arteterapia juntas! 

Pela minha experiência na clínica, percebo que os jogos e materiais artísticos quando bem utilizados, promovem dois benefícios importantes: 1) Pode ser um caminho de expressão quando o repertório verbal é imaturo. 2) A comunicação verbal se desenvolve à medida que o cliente utiliza outras ferramentas para representar a vida e o mundo.

Acolhimento, respeito e paciência durante as sessões, favorece o desabrochar das formas, cores e palavras que falem de nós com mais clareza.

Para encerrar, relembro a fala da querida Nise que mostrou ao mundo o poder da arte em saúde mental. 

“Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente é o estímulo à criatividade. Ela é indestrutível. A criatividade está em toda parte.”  Nise da Silveira 

 

 

Viviane B.Santos 

Psicóloga Clínica - CRP 06/116399

Arteterapeuta – AATESP 373/0217

 

 

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