"Faz escuro, mas eu Canto" Poema de Thiago Mello

Em 2012 eu visitei a Bienal pela 1° vez com uma professora de Artes e colegas do curso de arteterapia. Eu era solteira, jovem universitária e cheia de sonhos.
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Chegar na Bienal em outubro de 2021 depois de tantos anos acompanhada do meu filho Dudu, foi emocionante. Mostrar pra ele o que eu gosto e o que eu quero viver com ele hoje e sempre, não tem preço. 

Dudu chega lá e parece se divertir com tudol...corre pelos corredores....aponta para todos os lados....tudo que lhe interessa. Aponta para tosas as obras de arte que deseja tocar....ensino que tem coisas que não pode encostar ou tocar.. Que a contemplação é uma possibilidade. Ele se joga no chão para olhar uma obra de arte e ter os "melhores" ângulos do "arco-íris"....amou os peixes e as estrelas que viu nas "telas"...

Frequentar espaços como este com crianças, nem sempre é fácil. Pois eles tem outro tempo e outros "olhos". O que desperta a curiosidade e o interesse dos pequenos, é diferente de nós, adultos.

E é o olhar dele com peixes, natureza, arco-íris, estrela ao comtemplar as lindas pinturas feitas pelas crianças indigenas da tribo Makunami lá na Bienal estavam expostas que me deixou emocionada. As crianças são o futuro, é o amanhã. 

"Faz escuro, mas eu canto" é um poema lindo de Thiago Mello da década de 60, e que inspira a Bienal este ano, em meio a pandemia, massacres, terrorismo, negacionismo, corrupção, perseguição e violência. É também o tema da Bienal deste ano 2020/21 para que possamos ter esperança de dia melhores. 

Segue o poema na íntegra:

"Faz escuro mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.
Vem ver comigo, companheiro,
a cor do mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar
a cor do mundo mudar.
Já é madrugada,
vem o sol, quero alegria,
que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado
defendendo o coração.
Vamos juntos, multidão,
trabalhar pela alegria,
amanhã é um novo dia."

Thiago de Mello

Um abraço, Vi e Du. 

Out/2021

Com paz e luz